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Cantor Ícone da MPB morre aos 82 anos e causa da morte é divulgada

O cantor, compositor e locutor pernambucano Paulo Diniz, dono de muitos sucessos da MPB nos anos 1970, morreu nesta quarta-feira (22), aos 82 anos. A informação foi divulgada em primeiro mão pelo radialista Geraldo Freire, da .

Na capital, conseguiu ser contratado pela Rádio Jornal do Commercio, de onde foi despedido depois de errar todas as pronúncias das palavras e nomes em inglês quando substituiu um outro apresentador. Desempregado, passou por cidades como Caruaru e Fortaleza, até que decidiu ir para o Rio de Janeiro.

Após alguns anos trabalhando como locutor na Rádio Globo, Paulo Diniz começou a se apresentar no programa Jovem Guarda, estourando o iê-iê-iê “O Chorão”, de Edson Mello e Luiz Keller.

Em parceria com o amigo Odibar, compôs sucessos como “Pingos de Amor”, “Um Chope pra Distrair”, “Piri Piri” e “Ponha um Arco-íris na sua Moringa”, além do hino de protesto “Quero Voltar Pra Bahia”, uma homenagem a Caetano Veloso. Lançou cerca de 10 discos.

Paulo, aliás, foi inquilino do casarão Solar da Fossa, na Zona Sul do Rio, onde moravam artistas como Gal Costa, Gilberto Gil, Paulinho da Viola, Paulo Leminski, Odete Lara, Naná Vasconcelos, Glauber Rocha, Torquato Neto e o próprio Caetano Veloso.

Diniz também musicalizou muitos poemas de língua portuguesa de autores, como Carlos Drummond de Andrade (“E Agora, José?”), Gregório de Matos (“Definição do Amor”), Augusto dos Anjos (“Versos Íntimos”), Jorge de Lima (“Essa Nega Fulô”) e Manuel Bandeira (“Vou-me Embora pra Pasárgada”).

Entre o final dos anos 1980 e os anos 1990, não gravou nenhum disco em decorrência de problemas de saúde que quase o deixaram paralítico. Paulo Diniz contraiu esquistossomose num banho de rio, provavelmente no interior de Minas Gerais, terra de sua ex-mulher, com quem casou no auge do sucesso.

 

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