Red Bull sofre dor de cabeça com punição. Mas sabe remediar – Notícia de Fórmula 1 – Grande Prêmio
Vencedora em todos os sentidos. Seria possível dizer que a Red Bull ganhou três títulos em 2022: o Mundial de Pilotos, de Construtores e a junção quase perfeita de e o RB18. A dupla foi imbatível e dominante na temporada passada. Não à toa, o sucessor RB19 é uma continuação do projeto vitorioso, com pequenas diferenças. Mas há um entrave nisso tudo, no que os taurinos, até então, dizem ser apenas uma dorzinha de cabeça: o tempo reduzido de testes aerodinâmicos para 2023.
Isso acontece porque a marca dos energéticos quebrou o teto orçamentário em 2021. Eles ultrapassaram o limite de custos de US$ 145 milhões (R$ 775 mi) e, além de uma punição financeira de mais de R$ 36 milhões, também receberam uma esportiva: perderam 10% do tempo de testes para esta temporada.
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À época, a Red Bull lamentou e disse que a punição poderia ser um tanto prejudicial ao desenvolvimento do carro neste ano.
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Max Verstappen (Foto: AFP)
“Acredito que a equipe está se adaptando a esse cenário. E isso significa que precisamos estar mais centrados e mais disciplinados em relação ao que colocamos no túnel de vento e em nossas ferramentas de simulação. Então é outro desafio. É uma desvantagem para este ano, sem dúvidas, mas temos pessoas muito capazes nisso, buscando extrair o melhor possível, aplicando da maneira mais eficiente e capaz”, explicou o dirigente.
Mas, talvez, o caminho não seja tão longo assim. Os taurinos precisam apenas de um atalho. Afinal, o regulamento teve apenas pequenas mudanças — levando em consideração a nova diretiva técnica imposta no GP da Bélgica de 2022 — e o projeto de Adrian Newey já é uma excelente base. Não surpreende, portanto, o carro da equipe austríaca ter tido mínimas mudanças e os outros times do grid terem também buscado referências e soluções no RB18. Novamente: é um projeto vitorioso.
Só que nem tudo é tão fácil na . Com um regulamento traiçoeiro, a falta de tempo no túnel de vento pode pesar em algum momento. Os incessantes quiques seguem como foco central da Federação Internacional de Automobilismo. Para 2023, os carros devem ficar pelo menos 15mm mais altos e todos vão carregar um sensor para medir os saltos.
É importante lembrar que e tiveram muitos problemas de confiabilidade no início de 2022. Falhas essas que colocavam em dúvida se os taurinos chegariam ou não com força à disputa do título. Contudo, conseguiram ajustar boa parte deles, além de receberem uma ajuda providencial nas lambanças da Ferrari.
Sergio Pérez (Foto: AFP)
Só que desta vez, a Red Bull não lembra em nada a fragilidade do começo da temporada passada. Na verdade, se assemelha mais à forma como terminou o campeonato. Ou seja, competitiva e muito forte – em todas as frentes. O RB19 é uma evolução, de fato, quase uma obra de arte.
Nos testes coletivos, no Bahrein, a marca dos energéticos sequer precisou esforçar para assustar os rivais. Ao longo dos três dias, o carro se mostrou rápido, consistente e adaptável nas mãos de ambos os pilotos. Outro fator certeiro foi o acúmulo de quilometragem: 413 voltas. Já que a pré-temporada 2023 só teve uma rodada de testes, era inegável a importância de colocar à prova tudo o que era possível.
É comum ouvir os chefes falando: “Precisamos maximizar tudo”. Muitas vezes é um discurso genérico, mas, hoje, para a Red Bull, é a realidade. Correr contra o tempo é algo mais que necessário na , sobretudo neste segundo ano de novas regras, em que as equipes já têm mais informações e, na teoria, chegam com soluções para seus problemas.
Fato é que o time austríaco tem um ótimo ponto de partida. Agora é ver o quão longe eles vão chegar com os recursos à disposição. Ainda assim, o céu é o limite para a Red Bull.
A largada do GP do Bahrein está marcada para 12h (de Brasília). E a partir desta segunda-feira (27), o GRANDE PRÊMIO traz um guia completo para entender tudo que está em jogo na temporada 2023 da .
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